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  • Foto do escritorIgor Mauricio Barreto

Está chegando a hora

Atualizado: 12 de nov. de 2020

*originalmente publicado na Revista N

 

Sem dúvida 2020 está notabilizado na história da humanidade como atípico. É fato que jamais tivemos um ano tão intenso. Na medida em que a humanidade é mais imediatista, líquida e instantânea, sobrevivemos e sobreviveremos a esse ano, impactados sem dúvidas, mas vivos por essência.

Como se não bastasse problemas de pandemia, economia, costumes, desastres naturais, tragédias, mortes emblemáticas, instabilidade em instituições, e o mundo que deveria estar mais próximo para passar por tudo juntos- parece estar mais separada em certa medida- ainda temos ELEIÇÕES. Senhoras e senhores, e não estou falando só das nossas, com escolha de prefeitos e vereadores no dia 15 de Novembro em primeiro turno, mas também de uma eleição americana conturbada e cheia de plot twists (alguns carpados e duplos), dignos de séries e novelas mais interessantes ao público.



Algumas considerações do amigo aqui:


Não se escolhe candidato no ano de eleição

Num mundo ideal, cheio de nuvens de algodão doce e gente que não fura a fila e respeita as regras para o bem de todos, não escolhemos nosso representantes meses antes da eleição, escolhemos a medida em que os mandatos evoluem. Acompanhamos os que nos representam. Eles vão errar e acertar, e se eu me identificar com o trabalho de algum deles, como legisladores nas câmaras, ou como gestores executivos nas prefeituras, tendo eles recebidos meu voto antes ou não, eu escolho esse voto para continuidade ou troca para dar oportunidade para outro fazer um trabalho melhor. Mas devemos levar em consideração tudo que os levou a esta candidatos ali naquele momento. Se está escolhendo um para benefício próprio, não vote. Isso tudo é sobre o coletivo, e não seu umbigo. A cada nova legislatura, é uma nova chance de estar presente, acompanhando e cobrando.


Nunca precisamos tanto ter consciência coletiva

A metáfora do filme Avatar nunca fez tanto sentido para mim como agora. A comunidade do filme- que vivia em consonância com a natureza retirando o que precisava para serem felizes- em vários momentos, se conectava com o planeta, em transe, com uma espécie de consciência coletiva. Era preciso viver em comunidade e em comunhão entre eles e o planeta para manter seu estilo de vida. Nunca precisamos tanto de senso de comunidade, de pensar no equilíbrio, no bem estar de todos para que possamos ter o nosso bem estar. É sobre evoluirmos como cidade, como comunidade, como povo para a qualidade de vida. A nossa consciência coletiva, benevolente com as diferenças, têm de ser pétrea na busca por uma vida melhor em conjunto. Pense que seu bairro, seu lugar, se feliz, deixa você mais feliz. Fomos obrigados a entender que não é sobre pegar a doença, mas sobre passar para o outro. Não sobre viver, mas ajudar todos a sobreviverem. Pensar no outro na hora de votar e escolher nossos representantes é também pensar em você mas não só em você.


É preciso entender de política?

Talvez um pouco. Não precisa entender sobre o jogo complexo da política, nem sobre governabilidade. Não precisa entender sobre como é o dia a dia no detalhe do vereador, mas o que ele fez na vida para ser digno te bater no peito e dizer que te representa. É sim, sobre representatividade. Ele te representa? Você precisa entender que aquela pessoa, vai estar lá em seu nome. É boa parte do que é necessário saber.


O que afinal de contas, isso tem a ver com a minha vida.

Tudo. Vivemos em comunidade. Organizados sob uma democracia representativa, que elegemos pessoas para decidir sobre nós, por nós. Eles decidem sobre os seus direitos, o dinheiro que é arrecadado com os impostos- que é MUITO- e sobre o futuro de boa parte dos aspectos do mundo ao seu redor. Será que assim, você entende a importância que isso tem?


Em quem devo votar.

Eu não estou aqui para lhe dizer que é fácil, não é. É MUITO importante que se dedique, só um pouco, para decidir sobre isso. Mas não dedique às campanhas, não. Ouça pessoas que você considera importantes, que tenha valores parecidos com os seus. Entenda sobre cada candidato, mas não escute fofoca, não dê moral para disse me disse e entenda qual é o valor que cada voto tem. Você vai receber em troca dos representantes, o valor que você der ao seu voto. E não será nessa eleição. Será para o resto da sua vida.

Eu já escolhi meus representantes, e sei os números para ir votar no dia 15, e ajudar nossa cidade a ser melhor, para mim, e para você. Você já pode dizer o mesmo? PS: Não “venda” seu voto. Você está vendendo muito mais do que um número no dia, poderá estar comprometendo a vida de muitas outras pessoas. Exerça o seu poder cívico, e tenha convicção.


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